Linkagem do meu envolvimento com coisas, animais e pessoas ao imenso frame hipertextual do mundo.
domingo, 24 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
POESIA COMENTADA
DESAFLITO
A solidão é um transplante
de um peito de carne
para um peito de aço.
É a sétima arte equivocada
com a película da face
(endurecida).
A solidão é portadora de equívocos
É um corte ao norte do meu sonho.
E à leste dos meus planos e perspectivas.
de um peito de carne
para um peito de aço.
É a sétima arte equivocada
com a película da face
(endurecida).
A solidão é portadora de equívocos
É um corte ao norte do meu sonho.
E à leste dos meus planos e perspectivas.
NOSSA SENHORA DA NEUROGLIA
O homem, hoje,
já não dorme sem
o lexotan.
Neuróglios meus
de todos os dias
protejam minha
imunologia.
Mônica Banderas
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
já não dorme sem
o lexotan.
Neuróglios meus
de todos os dias
protejam minha
imunologia.
Mônica Banderas
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Eu já estava há algum tempo para homenagear Mônica Banderas. E nenhum dia é melhor do que hoje, quando ela acaba de passar no vestibular para Pedagogia da UniRio. Então, junto com meus parabéns (duplos, porque ela está fazendo um brilhante trabalho no Blog de Blocos, criando um estilo diferente, transformando um diário de registros introspectivos em diário de informações, notícias e literatura), estou postando dois poemas que eu gosto muito, do seu livro It (Blocos, 1977).
Os dois falam de solidão, de formas diversas: enquanto no primeiro a solidão é calma, reflexiva e triste, no segundo ela beira a patologia, cujos remédios podem ser mais prejudiciais do que o próprio distúrbio — afinal, como já disse Freud, ser saudável é saber administrar nossa neurose diária. Nos dois há a inconfundível marca registrada de Mônica, a partir do título: Desaflito, um neologismo que logo associamos à fase posterior ao climax da angústia da separação; N. S. da Neuroglia, uma espécie de profanação do ritual da própria solidão humana, invadida e "curada" à força e à base de drogas e psicotrópicos, mesmo às custas de baixar-se a resistência ao sofrimento.
Foi muito difícil escolher apenas dois poemas, pois tenho um carinho muito grande por todos os que postei em Blocos. Então, minha sugestão é no sentido de que você conheça um pouco mais da obra desta poeta e artista plástica, de um lirismo que sempre nos surpreende pela sua originalidade, força e irreverência.
Os dois falam de solidão, de formas diversas: enquanto no primeiro a solidão é calma, reflexiva e triste, no segundo ela beira a patologia, cujos remédios podem ser mais prejudiciais do que o próprio distúrbio — afinal, como já disse Freud, ser saudável é saber administrar nossa neurose diária. Nos dois há a inconfundível marca registrada de Mônica, a partir do título: Desaflito, um neologismo que logo associamos à fase posterior ao climax da angústia da separação; N. S. da Neuroglia, uma espécie de profanação do ritual da própria solidão humana, invadida e "curada" à força e à base de drogas e psicotrópicos, mesmo às custas de baixar-se a resistência ao sofrimento.
Foi muito difícil escolher apenas dois poemas, pois tenho um carinho muito grande por todos os que postei em Blocos. Então, minha sugestão é no sentido de que você conheça um pouco mais da obra desta poeta e artista plástica, de um lirismo que sempre nos surpreende pela sua originalidade, força e irreverência.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Estreou hoje meu blog no Yubliss, a convite de Chico Abelha

Hoje, estreou "Além das Letras", meu blog dentro do Yubliss, e mais uma vez comprovo a simpatia e a generosidade da equipe: ninguém precisa cadastrar-se para participar dos blogs. Sinto-me extremamente contente. "— Mas, por quê?, afinal você já tem um blog, então não é nem o caso de vivenciar uma experiência nova ou inédita"... Engano. É sim, uma experiência nova e inédita para mim: uma coisa é você ter um blog através de uma rede social cujo única intenção é aproximar pessoas, outra é ser convidada a ter um blog dentro de um contexto que você admira, e que, de certa forma, já faz parte da sua vida há vários anos: quer em minha literatura ou em minha vida, há um bom tempo questiono paradigmas, parâmetros e modelos absolutos, buscando trilhar o caminho do equilíbrio, do prazer, da satisfação e da plenitude pessoal/profissional, contribuindo, também com minha alegria, para a melhora da saúde do planeta. Resumindo: tem horas que escrever me é muitíssimo gratificante, como agora. Estou feliz. Estou em Bliss...
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Algumas tradições do bolo dos reis
sábado, 2 de janeiro de 2010
MEU ANIVERSÁRIO
MOTO PERPÉTUO
A primeiro de janeiro apareci,
mas a bem da verdade só nasci
bem depois do meu aniversário.
Assim mesmo, afirmar isso é temerário,
pois até hoje meu espírito se sente
ainda em nascimento permanente.
Leila Míccolis
É muito bom começar o ano assim, embora fazer aniversário em 1º de janeiro, no Dia da Confraternização Universal é meio complicado, porque em geral os amigos, cansadíssimos pelas comemorações do reveillon, acabam sem ânimo de comparecer a mais confraternizações no dia seguinte. Há alguns anos, porém, minhas festas têm sido repletas e muito animadas, com o carinho virtual de muita gente que festeja comigo o dia primeiro. Hoje, passei o dia inteirinho agradecendo a cerca de 250 amigos que vieram manifestar seu carinho através de dos meus dois perfis no orkut — gente de todos os estados brasileiros, e até alguns de outros países. Uma reunião que só a Internet possibilita. Fico comovida, é uma sensação incrívelmente maravilhosa, inenarrável. Obrigada a todos que se lembraram de mim, à vida, responsável por colocar cada um de vocês em meu caminho, e à Lua Azul, fenômeno que neste ano de 2010 acrescentou ainda mais magia à data, prenunciando um ano mais alegre e melhor para todos, inclusive para o planeta. O calendário Seicho-No-Ie, que ganhei de presente de Leninha, sugere: "O primeiro dia do ano é o primeiro passo a ser comemorado. Hoje a partir deste momento, vamos avançar alegremente". É justo o que pretendo fazer, junto com todos vocês. Feliz ano todo a todos,
Leila
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