sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

MARINHAS



(três fragmentos)


Com tanto lixo a boiar,
— Caymmi que me perdoe —
é triste morrer no mar.



De tralha, coisa velha e porcaria
o mar virou um baú:
as gaivotas cederam a vez
aos urubus.



E as sereias e as iaras que cantavam
para os homens atrair,
hoje, em coro, só apelam
para que as tirem dali.



      Leila Míccolis

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