terça-feira, 9 de novembro de 2010

POESIA COMENTADA


Acontece que estou com saudades de fazer postagens nesta seção (desde fevereiro sem nada ser acrescentado) e dá-se, também, que amanhã, 10 de novembro, falecia em 1972, no Rio, o poeta piauiense Torquato Neto. Unindo ambas as vontades, transcrevo, homenageando-o, uma das letras que mais me impressionaram no disco Tropicália, de Caetano. Só conhecia interpretado por ele; hoje, porém, procurando na Internet, ouvi-a por Nara Leão (vejo que Clementina de Jesus também gravou esta composição), e achei o arranjo musical muito sugestivo, além da própria Nara — uma atração à parte. Quem quiser ouvi-la, clique em: http://letras.terra.com.br/nara-leao/331159/
O texto poético constitui-se em uma belíssima construção metafórica das relações familiares cada vez mais robotizadas, indiferentes e distantes no nosso cotidiano. Acho uma verdadeira pérola, uma jóia rara, e é por isto que a compartilho com vocês.


-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-


DEUS VOS SALVE ESTA CASA SANTA 
Torquato Neto e Caetano Veloso


Um bom menino perdeu-se um dia 

Entre a cozinha e o corredor 
O pai deu ordem a toda família 
Que o procurasse e ninguém achou 
A mãe deu ordem a toda polícia 
Que o perseguisse e ninguém achou 

Ó deus vos salve esta casa santa 

Onde a gente janta com nossos pais 
Ó deus vos salve essa mesa farta 
Feijão verdura ternura e paz 

No apartamento vizinho ao meu 

Que fica em frente ao elevador 
Mora uma gente que não se entende 
Que não entende o que se passou 
Maria amélia, filha da casa, 
Passou da idade e não se casou 

Ó deus vos salve esta casa santa 

Onde a gente janta com nossos pais 
Ó deus vos salve essa mesa farta 
Feijão verdura ternura e paz 

Um trem de ferro sobre o colchão 

A porta aberta pra escuridão 
A luz mortiça ilumina a mesa 
E a brasa acesa queima o porão 
Os pais conversam na sala e a moça 
Olha em silêncio pro seu irmão 

Ó deus vos salve esta casa santa 

Onde a gente janta com nossos pais 
Ó deus vos salve essa mesa farta 
Feijão verdura ternura e paz

domingo, 12 de setembro de 2010

PRÊMIO BLOG DE OURO



Recebi de Clarice Villac o selo acima, e agradeço muito a ela — poeta, ecologista, defensora dos direitos dos animais, alguém delicadíssimo —, uma pessoa que eu estimo muito. Como esta gentileza pode (e deve) ser estendida para dez outros blogs, ei-los indicados abaixo, esperando que vocês os visitem também, porque todos são ótima leitura:

domingo, 27 de junho de 2010

"Presença literária 2010"


Inspirado na obra "Livros", de Van Gogh, a escritora Graça Graúna criou o SELO  PRESENÇA LITERÁRIA 2010 para expressar sua "grande admiração e gratidão às pessoas que expressam a difícil arte do dialogar por meio da literatura", e Márcia Sanchez Luz, previa e devidamente autorizada por Graça, estendeu o Prêmio a este blog. Aceito com prazer esta linda homenagem e agradeço muito a ambas, não só pela amizade, carinho e consideração com que sempre distinguiram meu trabalho, mas pelo muito que as duas  também têm feito pela divulgação da literatura nacional. 


No Yubliss, minha coluna desta quinzena é sobre fogueiras — vocês já repararam como cada vez mais estamos escrevendo menos sobre temas juninos? O texto chama-se
"Colocando mais lenha". Se quiser pular esta fogueira comigo venha, comente, e  não deixe de assinar seu nome.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Esperando (literalmente) sentado


Meu novo texto no blog do Yubliss é sobre escritores e divulgação. Quem se interessar pelo tema, vá até lá, dê uma olhada, deixe sua impressão, e seu nome:
http://www.yubliss.com/blog/5993/post/7405

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Depois da tempestade virá mesmo a bonança?

maricasobagua01
Este é um dos “pontos nobres” do centro de Maricá.
Sobre as chuvas que fustigaram a cidade esta semana, me leiam no Yubliss:

http://www.yubliss.com/blog/5993/post/7188

terça-feira, 6 de abril de 2010

É plágio ou não é?

 
Outro dia, a escritora Isabel Furini me enviou por e-mail poemas de dois autores e me perguntou se, no meu entender, um deles poderia ser considerado plagiador do outro. Li e respondi que não, embora um deles achasse que tinha sido plagiado, porque ambos falavam de forma romântica do mesmo tema: amor. O gênero (lírico) era comum a ambos, mas esta era a única semelhança  entre os dois. Isabel então me disse que estava havendo muita confusão neste sentido, e me deu idéia de escrever um texto a respeito. Não vou falar como advogada, pois era outra a minha área jurídica  quando exerci a profissão. Porém vou me basear em uma interpretação que me parece sensata, fundamentada na própria Lei dos Direitos  Autorais.

É preciso deixar logo bem claro que as idéias avulsas não são protegidas legalmente. O que se preserva é a obra literária, ou seja, o texto em sua literariedade, em seu conjunto de atributos literários. É a forma literária (a forma do autor expressar-se), repita-se, que o EDA (Escritórios de Direitos Autorais) protege do plágio. Como explica Hermano Duval, no site da Biblioteca Nacional, “a idéia é comum, pertencendo a todos” <http://www.bn.br/portal/?nu_pagina=32#11>. As idéias e a circulação delas são livres. Porém, se um autor copia um ou mais versos feitos por outrem sem dar a este os devidos créditos, isto é plágio, e o mais grave não é nem mais a cópia  em si, mas a adulteração da autoria.

A meu ver, portanto, e também na abalizada opinião do EDA, não basta que dois autores falem sobre um único tema para um ser acusado de plagiar o outro. É preciso que haja imitação do conteúdo, e naturalmente de um conteúdo literário (elaborado artisticamente,  com características originais e próprias); não apenas a mera repetição do tipo “chove lá fora”, “o amor é lindo”, “mãe é uma só”, frases comuns a muitos e que, sem qualquer tratamento artístico, não contêm nenhum estilo nem forma literária, não configurando então o plágio.

Isabel ainda me colocava uma questão interessante: uma prosa poderia ser considerada  plágio de um poema ou vice-versa? Bem mais difícil, mas é possível sim, se, por exemplo, o plagiador colocou em versos um trecho da prosa de outro, ou se um prosador copiou alguns versos de um poema alheio, desfazendo o formato linear poético.

O plágio é a reprodução praticamente igual (ou flagrantemente semelhante) de parte significativa de uma obra artística original, mudando-lhe a autoria. Não constitui plágio ignorar a autoria, porém  a  divulgação da famosíssima figura do "autor desconhecido" pela Internet é, em minha opinião, uma espécie de burla (mesmo quando inconsciente e sem má-fé) à lei, já que por trás de um anônimo desconhecido existe sempre um autor que foi prejudicado, no mínimo, no direito de ter o seu nome vinculado ao seu texto — sem esquecermos de que um autor também tem o direito de permitir ou vedar a divulgação de sua produção, no todo ou em parte, o que lhe é negado quando, sem poder ser reconhecido e consultado, a obra corre à sua revelia.

Leila Míccolis

quarta-feira, 24 de março de 2010

Você comemora alguma data? Qual?




Você gosta de cantar parabéns? De brindar? De festejar o Natal, a promoção de sua amiga, o seu próprio aniversário? Ou você se considera do tipo que ignora solenemente qualquer manifestação do calendário (menos o dia das contas, naturalmente...), ou se irrita com toda espécie de "Dia D"?  Na crônica desta quinzena no Yubliss (que aniversaria este mês de março, inclusive), eu faço justamente essas perguntas. Quem quiser me ler, o link é: http://www.yubliss.com/blog//5993/post/7031
Se você comentar por lá, assine a postagem, por favor. Se quiser responder por aqui mesmo sinta as minhas indagações como um jeito de eu conhecer melhor você que me lê.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Boas novas

 

(clique para ler e comentar — neste caso assine seu nome)
e
este meu blog com rostinho diferente. Gostaram?





domingo, 14 de março de 2010

DIA NACIONAL DA POESIA

vivalapoesia
Em março a poesia tem comemoração dupla. Hoje, dia 14, e  21, Dia Internacional, decretado pela UNESCO. A data mundial foi escolhida considerando-se o primeiro dia da primavera no Hemisfério Norte, embora alguns calendários considerem este início no dia 20. A tradição que liga a poesia à primavera  é muito antiga e teve seu momento mais florescente nos séculos XI e XII, na Provença, França, cujos poetas obedeceram estritamente à convenção de localizar sua poesia amorosa sempre nesta estação, no “tempo da flor”.

A comemoração nacional, de hoje,  dia 14, é em homenagem ao nascimento do genial poeta romântico condoreiro Castro Alves, nascido em 1847 na cidade baiana de Currralinhos, que atualmente leva o seu nome.

Parabéns a todos os poetas que continuam resistindo e questionando o mundo através da visão poética, cujo sentido, para mim, continua sendo o da physis grega, ou seja, o da física que está em tudo e move o mundo, fazendo com que também  reflitamos sobre a nossa essência, confusa e aturdida pela construção dos simulacros da realidade.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

POESIA COMENTADA

poemundo

SANTO NOME EM VÃO

o ruim de ser povo
é avalizar um empréstimo novo
em Calcutá
sem nunca ter ido lá.

Ulisses Tavares

=-=-=-=-=-=-=-=

Ulisses é companheiro de jornada há muitos anos, uma pessoa muito querida, também porque me identifico bastante com sua poesia; e este poema que estou postando  hoje, considero uma aula de política no melhor estilo, ou seja: do jeito mais simples… Ferino observador dos atos humanos, sua crítica aguçada e sempre muito atual. O livro do qual consta Santo nome em vão (aqui, nada a ver com Deus, mas com o povo da Terra) é O Eu entre nós (de 1979, Edições Pindaíba, do próprio autor), de trinta anos atrás… A velocidade das mudanças nos parece tão rápidas, para determinados fenômenos e, infelizmente, há “manobras políticas” que não mudam, principalmente em tempos de globalização. Este poema faz-me lembrar o brilhante (e saudoso) sociólogo brasileiro Octavio Ianni, quando ele afirma que a crise do Estado-nação, derivada das nações terem se tornado “demasiado pequenas como unidades de comércio e demasiado grandes como unidades de administração”, faz com que reflitamos na trágica constatação, também dele, de que “os consórcios não têm pátria”.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Do siso ao riso ou Pisei no rabo do gato


Uma vez foram perguntar ao grande cineasta Fellini, o que ele achava da frase que seu feroz rival Visconti afirmara, bombástica e provocativamente: "Todo mau diretor tinha o nome terminado em "INI". Fellini riu gostosamente e revidou com bom-humor: — “Isto só pode ser coisa do Viscontini"...

O episódio me veio à tona quando, há algumas semanas, ouvi alguém parodiar a mesma frase do italiano, só que se referindo a um diretor de televisão brasileiro... Alfinetadas (alheias) à parte, acho o humor essencial nas respostas, no trabalho e principalmente nas artes. Desde criança ouvimos dizer: "muito riso é sinal de pouco siso". Portanto, de alienação, de imaturidade. Começamos desta maneira nosso aprendizado para a tristeza: mas, por quê tem que ser assim?

"O Nome da Rosa", de Humberto Eco, gira em torno de um livro filosófico (extremamente sério) que debatia justamente o riso. É que este, afrouxando a rigidez, exerce uma crítica antiformalista e propicia um desmoronamento de dogmas, o que — para os ascetas moralistas — levaria ao caos. Mais do que ameaça, um perigo mortal.

Há risos de zombaria, de desdém, de pretensa superioridade, de falsidade, e vários outros intencionalmente destrutivos; porém rir, ato exclusivamente humano — como a fala —, não pode ser considerado um mal em si. No ocultismo, o riso é força poderosa contra certos feitiços (lá vem cinema de novo: lembram-se, das Bruxas de Eastweek?). No cotidiano, ele relaxa toda a musculatura e predispõe a pessoa a desamar-se, ou, como diria Reich, a destensionar sua armadura corporal. Nietzsche afirmou: "não acredito num homem que não saiba rir".

No Brasil, reaprendemos a rir em um período paradoxalmente muito mal-humorado (talvez e principalmente por isso). A partir de 1964, sobressaíram o humor negro dos cartuns, o humor corrosivo das charges, dos quadrinhos, das tiras, do FBAPA (Festival de Besteira que Assola o País, através do livro de autoria do jornalista Sérgio Porto). Esta prática também atingiu a poesia, conforme expôs Nicolas Behr, um dos representantes da Geração Mimeógrafo: "Sarcasmo sempre foi fundamental. Só ele tira este ranço de capitanias hereditárias e acaba com o discurso e com a retórica na poesia". Leminski também fala de "RIR", como característica desta poesia que estreitou parentesco com o humor, em geral considerado "estilo menor" em relação à poesia séria e intimista.

É compreensível, em uma sociedade que privilegia mais a sobrevivência do que a vivência, que o riso, a alegria, a busca do bem-estar assuste e por vezes seja até condenada; mas já é tempo de entendermos a revolução do riso, vendo-o como uma postura lúdica saudável, e até terapêutica, em vez de exaltarmos uma vida doentiamente carrancuda e desprazerosa, embebida exclusivamente em lógica formal, mantida em formol.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

POESIA COMENTADA



 







MUITO ÍNTIMO A UM FILHO

O épico morreu 
mas em toda a parte
há um número de heróis
que não sei meu filho

se escrevo a verdade.

Almir Castro Barros

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Este poema abre o segundo capítulo do meu livro: "Passagem para Calabar" (ABL/Topbooks, 2009), RJ, o que evidencia o quanto eu gosto dele. Desde o meu Mestrado na UFRJ (e agora em minha Tese de Doutorado) venho me debruçando sobre o  gênero épico (principalmente o patético), remando contra a vasta corrente que pensa e age como se o épico estivesse definitivamente morto e enterrado. Com a volta do trágico na sociedade contemporânea, percebo que o épico acordou de sua hibernação, está vivíssimo e atuante, mesmo que as epopéias e os heróis tenham se transformado bastante.
O poema de Almir Castro Barros, extraído do livro "Cães de sina" (Edições Pirata, Recife/PE, 1979), aborda justamente essas duas correntes críticas: de um lado, a que decreta a extinção do épico, e, do outro, a que duvida dessa afirmação categórica defendendo sua sobrevivência, até por acreditar que quando uma nação não souber mais narrar sua história, ou perder sua capacidade de contar sagas, está em vias de extinção. Embora não queira aprofundar-me neste debate aqui — meu intuito é apenas apresentar a  poesia de Almir —, deixo no ar a indagação do porquê termos, hoje em dia, tanta dificuldade em assumir nossa vivência patética, e em perceber o lado épico dentro do contexto de nossa própria saga pessoal: por quê será que sentimos certa nobreza no lírico e no dramático, mas só relacionamos o patético à conotação negativa, sem entendermos as paixões que nos movem cotidianamente?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

POESIA COMENTADA










DESAFLITO 

A solidão é um transplante
de um peito de carne
para um peito de aço.
É a sétima arte equivocada
com a película da face
(endurecida).
A solidão é portadora de equívocos
É um corte ao norte do meu sonho.
E à leste dos meus planos e perspectivas. 



NOSSA SENHORA DA NEUROGLIA

O homem, hoje,
já não dorme sem
o lexotan.
Neuróglios meus
de todos os dias
protejam minha
imunologia.  


Mônica Banderas

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=



Eu já estava há algum tempo para homenagear Mônica Banderas. E nenhum dia é melhor do que hoje, quando ela acaba de passar no vestibular para Pedagogia da UniRio. Então, junto com meus parabéns (duplos, porque ela está fazendo um brilhante trabalho no Blog de Blocos, criando um estilo diferente, transformando um diário de registros introspectivos em diário de informações, notícias e literatura), estou postando dois poemas que eu gosto muito, do seu livro It (Blocos, 1977).
Os dois falam de solidão, de formas diversas: enquanto no primeiro a solidão é calma, reflexiva e triste, no segundo ela beira a patologia, cujos remédios podem ser mais prejudiciais do que o próprio distúrbio — afinal, como já disse Freud, ser saudável é saber administrar nossa neurose diária. Nos dois há a  inconfundível marca registrada de Mônica, a partir do título: Desaflito, um neologismo que logo associamos à fase posterior ao climax da angústia da separação; N. S. da Neuroglia, uma espécie de profanação do ritual da própria solidão humana, invadida e "curada" à força e à base de drogas e psicotrópicos, mesmo às custas de baixar-se a resistência ao sofrimento.

Foi muito difícil escolher apenas dois poemas, pois tenho um carinho muito grande por todos os que postei em Blocos. Então, minha sugestão é no sentido de que você conheça um pouco mais da obra desta poeta e artista plástica, de um lirismo que sempre nos surpreende pela sua originalidade, força e irreverência.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Estreou hoje meu blog no Yubliss, a convite de Chico Abelha

Desde novembro do ano passado que minha amiga Mônica Banderas me apresentou ao Yubliss. Logo de imediato achei simpático o layout e gostei da chamada principal: "Avalie sua vida através de mitos modernos e histórias" — afinal, esta é a praia de todo scritor (ou deveria ser). Tive certos problemas com o envio de textos a princípio, no entanto, também de imediato, o responsável pela rede, Chico Abelha, ajudou a pulverizar as dificuldades. Aliás, este fator diferencial já me motivou muito: um bom moderador, alguém de carne e osso  para nos receber, tirar nossas dúvidas, ajudar nas postagens, conversar conosco, nos ambientar, um bom moderador — repito —  dá nova dimensão a  uma rede social. Eu acho. De repente, ignorei minha pouca disponibilidade de tempo, e aceitei fazer um fórum sobre a profissão do escritor, durante alguns dias. A partir dele, me entrosei melhor, conheci mais as pessoas, e, por fim, me senti em casa.
Hoje, estreou "Além das Letras", meu blog dentro do Yubliss, e mais uma vez comprovo a simpatia e a generosidade da equipe: ninguém precisa cadastrar-se para participar dos blogs. Sinto-me extremamente contente. "— Mas, por quê?, afinal você já tem um blog, então não é nem o caso de vivenciar uma experiência nova ou inédita"... Engano. É sim, uma experiência nova e inédita para mim: uma coisa é você ter um blog através de uma rede social cujo única intenção é  aproximar pessoas, outra é ser convidada a ter um blog dentro de um contexto que você admira, e que, de certa forma, já faz parte da sua vida há vários anos: quer em minha literatura ou em minha vida, há um bom tempo questiono paradigmas, parâmetros e modelos absolutos, buscando trilhar o caminho do equilíbrio, do prazer, da satisfação e da plenitude pessoal/profissional, contribuindo, também com minha alegria, para a melhora da saúde do planeta. Resumindo: tem horas que escrever me é  muitíssimo gratificante, como agora. Estou feliz. Estou em Bliss...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Algumas tradições do bolo dos reis



Sou lactovegetariana e, no orkut, minha comunidade de comida naturalista, de todas as que eu tenho, é a mais numerosa (seguida de perto pela Profissionalização do Escritor). Acho muito bom esse crescente entusiasmo e interesse por uma vida mais saudável e com menos sacrifício de animais. Então, homenageando o Dia dos Reis, deixo a dica da minha página, que traz  um histórico do bolo dos reis, uma receita tradicional
, e mais três em que entram os frutos secos, simbolizando as pedrarias da coroa dos Reis Magos.  Se você gosta de  doce, mesmo não sendo vegetariano, ou de histórias, clique aqui para ir ao link do meu siteE boas romãs para todos, embora até hoje eu não entenda o que Persófone tem a ver com os Reis Magos. Alguém poderia me explicar?

sábado, 2 de janeiro de 2010

MEU ANIVERSÁRIO




MOTO PERPÉTUO

A primeiro de janeiro apareci,
mas a bem da verdade só nasci
bem depois do meu aniversário.
Assim mesmo, afirmar isso é temerário,
pois até hoje meu espírito se sente
ainda em nascimento permanente.

          
 Leila Míccolis

É muito bom começar o ano assim, embora fazer aniversário em 1º de janeiro, no Dia da Confraternização Universal é meio complicado, porque em geral os amigos, cansadíssimos pelas comemorações do reveillon, acabam sem ânimo de comparecer a mais confraternizações no dia seguinte. Há alguns anos, porém, minhas festas têm sido repletas e muito animadas, com o carinho virtual  de muita gente que festeja comigo o dia primeiro. Hoje, passei o dia inteirinho agradecendo a cerca de 250 amigos que vieram manifestar seu carinho através de dos meus dois perfis no orkut — gente de todos os estados brasileiros, e até alguns de outros países. Uma reunião que só a Internet possibilita. Fico comovida, é uma sensação incrívelmente maravilhosa, inenarrável. Obrigada a todos que se lembraram de mim, à vida, responsável por colocar cada um de vocês em meu caminho, e à Lua Azul, fenômeno que neste ano de 2010 acrescentou ainda mais magia à data, prenunciando um ano mais alegre e melhor para todos, inclusive para o planeta. O calendário Seicho-No-Ie, que ganhei de presente de Leninha, sugere: "O primeiro dia do ano é o primeiro passo a ser comemorado. Hoje a partir deste momento, vamos avançar alegremente". É justo o que pretendo fazer, junto com todos vocês. Feliz ano todo a todos,
Leila 

VI Encontro Nacional do Mulherio das Letras - Rio de Janeiro

VI Encontro Nacional do Mulherio das Letras. Participação especial entre as Mulherageadas: Rui de Habeurim de 18 a 22 de Outubro...