se não o outro corre;
mas passada a bebedeira,
a gente acha que fez besteira,
não devia ter falado,
que se expôs adoidado,
à toa e foi tolice.
Finge-se então que se esquece o que disse,
culpa-se a carência, a demência, a embriaguez
responsáveis por tamanha estupidez.
E é aceitando este estranho cabedal
que quando se volta ao "estado normal",
cada vez mais sós, na defensiva,
corroídos morremos de cirrose... afetiva.
Leila Míccolis
Do livo: "Sangue Cenográfico", Blocos, 1997, RJ
4 comentários:
Leila querida, que bom que voltou a postar no blog! É sempre uma delícia ler seus poemas e crônicas. Aprendo muito com você, dinda minha. Não deixe mais este espaço sem o brilho de seus escritos, viu?
Beijos carinhosos
Márcia
Marcinha, devo isto à Mônica Banderas; ela pegou o blog "à unha" e começou a postar minhas poesias e crônicas... sabe que até que gostei? Neste meu cantinho quase não havia nada meu até agora.
Beijos, querida, e obrigada pela presença e pelo carinho. Leila
Sábio poema...
Clarice, adorei saber que você concorda comigo... rs.
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